Fases da lavagem de dinheiro

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Anonim

A lavagem de dinheiro é composta por três fases distintas: colocação, ocultação e integração.

Essas fases podem ser realizadas em conjunto ou separadamente. No entanto, geralmente acabam sendo executados simultaneamente.

Fase de postura

Conhecido internacionalmente como colocação (termo anglo-saxão). É nesse momento inicial que os criminosos tentam introduzir no sistema financeiro dinheiro sujo ou qualquer outro tipo de mercadoria (sempre de origem ilegal). Ou seja, é aqui quando tentam dar aparência de legalidade aos bens adquiridos por meio de atividades ilegais.

Pode ser considerada a fase mais importante de todo o processo e, sem dúvida, é aquela em que o alvejante corre maior risco de ser descoberto pelas autoridades, pelo fato de haver cada vez mais providências e demandas nesse sentido. trata-se de movimentos e inserção de dinheiro em entidades financeiras (identificações, limites econômicos nas operações, etc.). Para evitar ser descoberto, o mais comum é introduzir dinheiro sujo em pequenas e fracionárias quantias (ato conhecido como smurfing). Além disso, costuma ser feito por pessoas alheias à organização criminosa para que, em caso de serem descobertas pelas autoridades, não possam saber a origem da capital. A ideia é poder continuar, por um lado, com atividades criminosas e, por outro, com lavagem de dinheiro.

O dinheiro também pode ser introduzido de outras maneiras diferentes (não apenas por meio de instituições financeiras), como por meio do comércio varejista ou transferindo-o para o exterior.

Fase de encobrimento

Fase também conhecida como diversificação, sombreamento ou internacionalmente como estratificação. Principalmente o que se tenta fazer nesta fase é eliminar a origem do dinheiro anteriormente inserido no sistema financeiro (fase 1) por meio de um grande número de transações financeiras.

Estas operações são normalmente transferências bancárias entre filiais, aquisições de bens à vista para posteriormente vendê-los, empréstimos entre empresas de fachada, supostos investimentos estrangeiros em empresas criadas na Espanha e, principalmente, transações eletrônicas para qualquer outra instituição financeira e até empresas offshore onde haja sigilo bancário forte e pode ser feito de forma fácil e rápida. Todos esses movimentos proporcionam anonimato e liquidez.

Fase de integração

Última fase em que, após ter realizado esta série de operações sucessivas, o dinheiro retorna ao branqueador, cumprindo o objetivo: converter o dinheiro sujo em dinheiro aparentemente legal para que possa ser utilizado normalmente no sistema financeiro. Para isso, o infrator deve obter uma explicação legal que comprove sua riqueza.

Nesta fase, métodos como a criação de negócios que envolvam grande quantidade de dinheiro líquido (restaurantes, cassinos, cinemas, etc.) costumam ser utilizados para inserir o dinheiro de origem ilegal entre o dinheiro adquirido de forma totalmente legal, com o possibilidade de justificar a origem dessas massas monetárias por meio dos negócios criados. Além disso, são utilizados outros métodos, como a compra de um imóvel e sua posterior venda a um preço supostamente superior que permita comprovar os rendimentos gerados pela referida venda que realmente não ocorreram.