Estrutura financeira - O que é, definição e conceito - 2021

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Estrutura financeira - O que é, definição e conceito - 2021
Estrutura financeira - O que é, definição e conceito - 2021
Anonim

A estrutura financeira de uma empresa é a composição das fontes de financiamento ou passivos formados por recursos externos, representados por dívidas de curto e longo prazo, e por recursos próprios ou também denominados patrimônios líquidos.

Portanto, podemos dizer que essa estrutura está representada no passivo do balanço de uma empresa e seria aquela que representaria o financiamento. Em troca, o ativo está relacionado ao investimento.

O primeiro é aquele que reporta como se financiar, portanto, analisa o aspecto financeiro. O segundo, onde é investido, ou seja, o aspecto econômico.

Fonte de financiamento

A estrutura financeira e o custo financeiro

A análise da estrutura do passivo é uma das mais importantes em uma empresa. Acima de tudo, porque controla aspectos como a possibilidade de alavancagem excessiva ou de recursos ociosos. Para tanto, é importante conhecer a composição das nossas fontes de financiamento, próprias e alheias. Mas vamos ver qual é o custo de cada fonte:

  • Vamos começar com o autofinanciamento. Por vir dos próprios acionistas, tem um custo financeiro intrínseco, os dividendos pagos pelas ações. Isso está relacionado ao mercado de capitais nas empresas listadas. No resto, especialmente nas PME, deve ser utilizado um interesse de referência. Por exemplo, da dívida pública. Se ter nosso dinheiro na empresa gera menos receita do que investi-lo, podemos não estar fazendo uma distribuição eficiente de capital.
  • O financiamento de terceiros tem um custo extrínseco. Neste caso, o mais comum nas PMEs são os empréstimos, cujo custo é fácil de calcular. Trata-se da taxa de juros e das eventuais comissões, ambas calculadas, por exemplo, por meio da Taxa Anual Equivalente (APR). Nas empresas listadas em bolsa, também existe outra modalidade: a emissão de títulos. Nesse caso, o custo é o cupom que é pago ao portador do título.

O CFO deve analisar o passivo em profundidade para ver se ele foi construído de forma eficaz e eficiente. Os índices financeiros podem ajudar no estudo da qualidade dos diferentes tipos de passivos. Por isso, seu uso é recomendado na análise financeira da empresa. Esses indicadores permitem comparações com outras empresas do setor.

Fontes de financiamento internas e externas

Como vimos na definição, as fontes são principalmente duas e dependem das pessoas ou entidades das quais obtemos o financiamento:

  • Por um lado, os internos ou com financiamento próprio. Estes são compostos, sobretudo, por quatro grandes jogos. O capital social, que são as contribuições feitas pelos sócios. As reservas, que são parte do lucro que permanece na empresa e não são distribuídas como dividendos. Os resultados do exercício, em caso de obtenção de benefícios, que deve ser decidido onde aplicar. E, por último, mas não menos importante, concessões ou doações de capital. Eles são chamados de fontes internas porque são gerados na própria empresa.
  • Em segundo lugar, haveria fontes externas ou financiamento externo. Aqui podemos distinguir o longo prazo, com as dívidas contraídas com bancos (empréstimos) ou com os financiamentos que os fornecedores de imobilizado nos fazem. Por outro lado, no curto prazo estariam o financiamento de fornecedores e o restante das contas do passivo circulante. Eles são chamados de externos porque não é a empresa, mas o mercado que os oferece.

Existe outra forma de classificar passivos, com base no tempo. Assim, temos o patrimônio líquido (PL) e o passivo não circulante ou fixo, que são chamados de capitais permanentes, por estarem na empresa por longos períodos. Por outro lado, o passivo corrente ou corrente, que é de curto prazo (menos de um ano) e que é constituído maioritariamente por dívidas de curto prazo, fornecedores e credores.

Exemplo de estrutura financeira

Vamos imaginar um passivo como o visto na imagem. Nele temos um patrimônio líquido formado pelo capital social, reservas, resultados e subvenções e duas obrigações de longo prazo, formadas por dívidas e fornecedores de ativo imobilizado e de curto prazo, com fornecedores e credores. O total dos passivos é a soma desses três conceitos ou ativos.

Como podemos observar, capitais permanentes são aqueles que se localizam no longo prazo, ou seja, patrimônio líquido e passivos não circulantes ou fixos. O atual seria aquele que é de curto prazo. O financiamento próprio é constituído por este capital próprio e o de terceiros denomina-se passivo a pagar (não corrente e corrente). Como podemos ver, pelo menos dois anos são normalmente incluídos (geralmente três a cinco) para fins de comparação.