A economia é uma ciência social cujo objeto de estudo é a maneira como recursos limitados são administrados para satisfazer necessidades ilimitadas. Assim, essa ciência também estuda o comportamento da sociedade, bem como as ações realizadas pelos próprios indivíduos.
A economia, como toda ciência, é baseada em uma série de princípios. Muitos autores têm criticado muito essa relação de princípios. Porém, aqueles definidos pelo economista Gregory Mankiw, até o momento, têm sido os mais aceitos pela academia.
A seguir, apresentaremos os dez princípios mais importantes nos quais se baseia a ciência econômica.
Os 10 princípios da economia
Os princípios em que se baseia a ciência econômica, de acordo com a relação estabelecida pelo professor Gregory Mankiw, são os seguintes:
1. Todos os agentes econômicos devem enfrentar trade-offs e decisões
Dado que existem recursos limitados, bem como necessidades ilimitadas, os agentes devem escolher como maximizar e fazer uso eficiente desses recursos.
2. Cada decisão acarreta um custo de oportunidade
Isso se refere ao fato de que, quando tomamos uma decisão, sempre há um cenário contrafactual que deixamos de escolher quando escolhemos o outro. No entanto, essa decisão acarreta um custo ou benefício.
3. Análise marginal e pensamento racional
Os agentes econômicos baseiam suas decisões no benefício e custo marginais. Dessa forma, os agentes econômicos baseiam suas decisões nos benefícios e custos de fabricação de uma unidade adicional.
4. Agentes econômicos se mobilizam com base em incentivos
Todos os agentes econômicos baseiam sua forma de agir e seu comportamento em recompensas que chamamos de incentivos.
5. Comércio como uma melhoria do bem-estar
Esse princípio se refere ao fato de que o comércio acaba levando a uma melhora no bem-estar, uma vez que são produzidos mais bens e serviços que, direta ou indiretamente, nos oferecem uma maior variedade de recursos.
6. Os mercados organizam a atividade econômica de forma eficiente
Isso se refere ao fato de que, como disse Adam Smith, o mercado é o melhor controle existente da economia. No entanto, muitos economistas afirmam que esse mercado sofre distorções, ou o que chamamos de "falha de mercado". Para isso, preconizam a intervenção do Estado para corrigir tais falhas.
7. Os governos podem melhorar o bem-estar por meio do Estado de Direito, melhorando a situação de equidade, bem como promovendo a eficiência
Deve-se adotar uma série de políticas econômicas que busquem promover essa situação de maior eqüidade.
8. O padrão de vida dos cidadãos de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços.
Nesse sentido, quanto mais um país produz, mais aumenta seu nível de crescimento econômico. Assim, entende-se que maior crescimento, maiores recursos e, consequentemente, maior bem-estar.
9. Os preços disparam com o aumento da oferta de moeda e do déficit fiscal
Nesse sentido, refere-se ao fato de que imprimir mais moeda produz inflação, da mesma forma que um déficit fiscal elevado.
10. No curto prazo, pleno emprego e inflação moderada são decisões opostas
Isso se refere ao fato de que, em muitas ocasiões, as políticas adotadas pelo Governo para promover o emprego acabam gerando inflação. Por este motivo, ambos os elementos não podem ocorrer simultaneamente.
Outros princípios econômicos
Além dos mencionados acima, muitos outros economistas têm tentado definir outra série de princípios que, apesar de não serem coletados, gozam de grande popularidade.
Dentre esses conceitos, podemos destacar o seguinte:
☑️ A intervenção do Estado nem sempre corrige distorções
Isso se refere ao fato de que, assim como há falhas de mercado, há também “falhas de Estado”. Elas ocorrem após a aplicação de más decisões, que impactam negativamente a economia.
☑️ O excesso de dívida reduz o crescimento
Esse princípio se refere ao fato de que um alto nível de alavancagem acaba tendo efeitos diretos sobre a economia. Por um lado, limitando sua capacidade de aplicar políticas monetárias e fiscais que estimulem o crescimento econômico. Da mesma forma que, por outro lado, os custos da dívida comprometem as contas públicas, bem como os rendimentos dos cidadãos.