A tributação corresponde ao conjunto de regras e procedimentos que se aplicam a um determinado país em matéria fiscal.
A tributação refere-se ao conjunto de normas, regulamentos, leis e procedimentos que regem o sistema tributário e as relações dos agentes económicos com o Tesouro Público.
Origem e história da tributação
As origens da tributação remontam às primeiras organizações humanas, nas quais um tributo ou pagamento era feito a um deus ou divindade para obter sua benevolência. À medida que as organizações sociais humanas se tornaram mais complexas, a tributação seguiu o mesmo caminho. Nas primeiras civilizações organizadas dos gregos já existia um sistema tributário progressivo, que considerava certos descontos para quem tinha menos recursos, além de maior controle e ordenação.
Os romanos, por sua vez, também estenderam a tributação a todos os territórios que anexaram ao seu império. Os tributos financiaram as façanhas de seus líderes e aumentaram seu poder e influência. Enquanto isso, na Idade Média, os senhores feudais coletavam impostos de seus servos e vassalos. A maior parte desses impostos vinha na forma de espécies, uma parte da produção que os trabalhadores conseguiam obter.
A Igreja Católica não estava longe de arrecadar impostos e multas de seus fiéis.
A tributação está evoluindo ao longo do tempo e se aproxima do que conhecemos hoje no final do século 19 com uma grande variedade de impostos, taxas, exceções, controle e classificação.
Objetivo da tributação
O principal objetivo da tributação é a coleta ordenada de recursos para o governo. A tributação deve ser ordenada, consistente e proporcional. Os recursos obtidos devem ser usados para financiar atividades governamentais que gerem benefícios para a população (desde a manutenção da ordem até a ajuda às pessoas mais desfavorecidas).
Tipos de impostos
Atualmente, a maioria dos países modernos tem uma tributação complexa que inclui impostos de vários tipos que afetam vários agentes. Abaixo, vemos as características gerais dos impostos e sua aplicação:
1) De acordo com os agentes: Em geral, a tributação reconhece dois tipos principais de contribuintes: empresas e pessoas físicas. As organizações sem fins lucrativos também são reconhecidas por terem acesso a benefícios e reduções de impostos.
As empresas pagam principalmente impostos sobre seus lucros ou lucros, enquanto podem obter descontos em seus custos, investimentos e doações.
As pessoas, por sua vez, geralmente pagam impostos sobre sua renda (do trabalho ou da renda de seus bens) e sobre os bens e serviços que consomem.
2) De acordo com a base em que são aplicados:
- Direto: tributado sobre a renda e ativos do agente
- Indireto: tributar o consumo de bens e serviços
- Especiais: em determinados bens ou serviços que possuem características especiais (tabaco, álcool, etc.)
3) Por seu modo de cálculo:
- Ad-valorem: é calculado como uma porcentagem do valor do bem ou serviço
- Taxa fixa: um valor fixo é aplicado à unidade (vendida ou adquirida)
- Misturado: seu cálculo implica uma combinação de ad-valorem com taxa fixa
4) Considerações sobre sua estrutura
Em geral, a tributação deve levar em consideração a capacidade do contribuinte de pagar (ser progressivo), estimular o cumprimento das obrigações e adotar medidas para prevenir a evasão fiscal.
Além disso, dado que a maioria dos países está aberta ao comércio internacional e à livre circulação de pessoas (e seus ativos), a tributação deve ser harmoniosa, protegendo os direitos das pessoas ou empresas que atuam em diferentes jurisdições. Vale ressaltar, por exemplo, que a União Europeia possui normas que buscam evitar a evasão fiscal e a dupla tributação. Além disso, foram criadas regras para garantir a competitividade dos países e evitar que alguns ofereçam às empresas vantagens desleais em relação a outros países da União.