Flash crash de 2010 - O que é, definição e conceito - 2021

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Flash crash de 2010 - O que é, definição e conceito - 2021
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Anonim

O Flash Crash de 2010 ocorreu em 6 de maio de 2010, no qual o Índice Dow Jones afundou cerca de 1.000 pontos em apenas cinco minutos. Essa falência financeira foi causada pela utilização de um programa de computador capaz de fazer grandes pedidos de vendas.

O chamado Flash Crash de 2010 foi a segunda maior queda do índice Dow Jones (1.010,14 pontos) e a queda mais importante em um dia (998,5 pontos). Tal colapso colocou em questão a segurança de alguns mercados em que as máquinas operam.

O que aconteceu em 6 de maio de 2010?

Os mercados dos EUA estavam abrindo em baixa. A preocupação com a situação da dívida grega se instalou na mente de todos. Temia-se que a situação comprometida dos gregos se espalharia para o resto da Europa.

Por volta das 14h42, a normalidade foi quebrada. O Dow Jones registrou uma queda que ultrapassou 300 pontos e em apenas cinco minutos houve uma queda monumental de mais de 600 pontos, registrando uma queda de cerca de 1.000 pontos no mesmo dia.

Às 15h07 o mercado conseguiu se recuperar da espetacular queda, recuperando os mais de 600 pontos perdidos em apenas cinco minutos.

Não foi apenas o Dow Jones que foi afetado. O S&P 500 também sofreu, caindo 10%.

Causas e culpados do Flash Crash

Hoje, as máquinas são programadas de forma a permitir que grandes volumes de operações sejam realizadas em milissegundos. É a chamada negociação de alta frequência (HFT).

No mercado de ações, os intermediários com as máquinas mais potentes podem saber de antemão qual é a situação do mercado e ver quais são as ofertas de compra e venda disponíveis. Resumindo, apenas alguns milésimos de segundo de vantagem podem permitir a obtenção de benefícios muito importantes.

Mas em 6 de maio de 2010, todos os sistemas de computador agiram na mesma direção simultaneamente, causando um crash do mercado em apenas cinco minutos.

Inicialmente, acreditava-se que era uma falha causada por sistemas de negociação de alta frequência (HFT), mas por trás dos computadores havia um culpado manipulando o mercado. As autoridades dos EUA investigaram e contataram um agente de futuros de Londres chamado Navinder Singh Sarao.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou Sarao de usar um programa de computador para manipular futuros do índice S&P 500. Usando esse sistema, Sarao emitiu falsas ordens de venda a preços diferentes. Dessa forma, Sarao buscou puxar os preços para baixo. Assim que as ordens de venda foram canceladas, ele aproveitou o momento para comprar mais barato. Graças a esta manobra, Sarao conseguiu atingir um lucro estimado de 40 milhões de dólares.