Paradoxo de Condorcet - O que é, definição e conceito

O paradoxo de Condorcet indica que as preferências coletivas de voto não atendem ao pressuposto de transitividade, embora as preferências individuais sim.

O paradoxo de Condorcet leva o nome de seu autor, Nicolás Condorcet (1943-1974). Condorcet, mais conhecido como Marquês de Condorcet, dedicou-se a estudar, entre muitas outras coisas, probabilidades e métodos de escolha.

Assim, em um de seus ensaios publicados por volta de 1785, ele percebeu que havia a possibilidade de que os coletivos se contradissessem. Em outras palavras, levando-se em consideração as preferências individuais de voto, as intenções eram claras, mas quando o voto coletivo foi dado, houve um paradoxo.

A suposição de transitividade

A suposição de transitividade afirma o seguinte:

Dadas três alternativas (A, B e C), diremos que a suposição de transitividade é satisfeita se dados os seguintes resultados:

  • A é melhor que B
  • B é melhor que C

Então, podemos dizer, pela suposição de transitividade que A é melhor do que C.

Se essa ordem de preferência não for atendida, não podemos indicar que há transitividade. Assim, pode acontecer que A seja preferido a B e B a C, mas não A a C. Por exemplo:

  • A = Donuts
  • B = Hambúrguer
  • C = Chocolate

Prefiro comer donuts (A) a comer hambúrguer (B). Além disso, prefiro comer hambúrguer (B) a comer chocolate (C). Mas, se você me der uma escolha entre donut (A) e chocolate (C), eu prefiro chocolate (C).

É um caso aparentemente paradoxal, mas pode acontecer.

Exemplo do paradoxo de Condorcet

Vejamos, o caso de uma votação em que existem três opções: A, B e C. As opções estão ordenadas da esquerda para a direita por ordem de preferência. De modo a:

  • José = A> B> C
  • Paula = C> A> B
  • Maria = B> C> A
NomeOpção 1opção 2Opção 3
Joseph PARA B C
Paula C PARA B
Mary B C PARA

Com esta tabela, comparando as opções dois a dois, podemos chegar às seguintes conclusões:

  • A versus B: Se compararmos A contra B, vemos que A está à frente de B duas vezes (José e Paula) e B apenas uma vez contra A (Maria). Assim, diríamos que a opção A é preferida a B.
  • A versus C: Dado que A é preferível a B, vamos verificar o que acontece quando o comparamos com C. C está duas vezes à frente de A (Paula e Maria) e A apenas uma vez em comparação com C (José). Portanto, C seria a opção vencedora.

Agora vamos mudar a ordem de votação:

  • A versus C: Como já vimos, C.
  • C versus B: Como C é preferível a A, vamos verificar o que acontece quando o comparamos com B. B está à frente de C duas vezes (José e María) e B apenas uma vez em comparação com C (Paula). Portanto, B seria o vencedor.

Vamos alterar o pedido mais uma vez:

  • C versus B: Como já vimos, B.
  • A versus B: Como B é preferível a C, vamos verificar o que acontece quando o comparamos com A. Vemos que A está à frente de B duas vezes (José e Paula) e B apenas uma vez em comparação com A (Maria). Portanto, diríamos que a opção A é a opção vencedora.

Neste exemplo, pudemos verificar que dependendo da ordem das votações dois a dois, o vencedor pode ser A, B ou C. É o que se conhece como paradoxo de Condorcet. Os indivíduos são muito claros sobre suas preferências, mas coletivamente os resultados são confusos.

Publicações Populares

Maiores bancos do mundo em ativos 2017

Com um valor de 3 trilhões de euros, o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) lidera o ranking dos maiores bancos do mundo em 2017 por ativos, seguido pelo Fannie Mae ocupando a segunda posição, e por último, o Banco de Construção da China fecha pódio com 2 bilhões de euros Leia mais…

Maiores empresas do mundo em ativos 2017

Com um valor de três trilhões de euros, o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) ocupa o primeiro lugar no ranking das maiores empresas do mundo em 2017. Por sua vez, é seguido em segundo lugar pela Federal National Mortgage Association, também conhecido como Fannie Mae, e terceiro, o Banco de Leia mais…