Grexit - O que é, definição e conceito

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Anonim

Grexit, resultante da junção das palavras Grécia (Grécia) e Saída (saída), é o termo que se refere, no âmbito financeiro e político, à possível saída da Grécia da zona euro. Esse fato significaria um retorno à sua moeda anterior, o dracma.

O fim grexit nasceu em 2012, pela mão de dois analistas do Citigroup (grupo de trabalho responsável pela análise econômica da área), Willem Buiter e H. Rahbari Ebrahim. Estavam estudando, na época, a possibilidade de a Grécia sair do euro. Com isso, também as consequências que esse fato traria para aquele país e o restante da região. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Calude Juncker, popularizou-o ao marcar o evento como algo a evitar.

A saída dos gregos da zona euro é uma questão que se tornou mais relevante a partir das imposições da Troika. Tudo isto, fruto do primeiro resgate económico e financeiro que o Estado grego vivenciou em 2010. Em plena fase de negociação das condições de reembolso da sua dívida (incluindo o levantamento ou anulação de parte desta dívida), foi levantada no país helênico a possibilidade de violar as condições e sair da moeda única, o euro.

O fenômeno de grexit foi também um grande teste para a União Europeia. Pois bem, enfrentou uma grande crise de confiança e credibilidade como projeto econômico e social. Em matéria económica, foi uma situação complicada porque este país representa habitualmente cerca de 3% do PIB europeu, pelo que prescindir dele na zona única significaria um retrocesso no caminho da integração europeia.

Consequências que o grexit teria causado a priori

Por um lado, as consequências de grexit para a Europa seriam:

  • Quebra do mercado.
  • Crise de confiança na União Europeia e seu projeto de integração.
  • Ruptura do projeto da moeda única.

Da mesma forma, as seguintes consequências seriam esperadas para a Grécia:

  • Retorne à sua moeda anterior, o dracma.
  • A desvalorização desta moeda e a correspondente recessão económica.
  • Problemas políticos e institucionais por não se comprometer com a devolução dos valores dos resgates sofridos.

Leia a análise de consequências do Grexit

Perante esta situação, a Comissão Europeia alertou a Grécia que a sua recuperação passou necessariamente pelo correcto cumprimento das condições económicas impostas após o resgate. Condições baseadas principalmente no pagamento total da dívida e na elaboração e imposição de políticas que ajudem a controlar melhor os gastos públicos. O povo grego manifestou a sua insatisfação com estas medidas através de um referendo.

Por fim, a Grécia e a Comissão Europeia chegaram a um consenso com a criação, em julho de 2015, do programa Mecanismo de Estabilidade (ESM). Por esta medida, o grexit foi rejeitado e os helenos comprometeram-se a cumprir uma série de políticas de reforma económica e assistência da zona euro para cumprir os objectivos acima definidos. Este programa incluiu aumentos de impostos e reformas em áreas como pensões ou salários para funcionários públicos gregos.

O referido referendo foi assim posto de lado, uma vez que o governo grego acabou por aceitar a não reestruturação da dívida, a participação do Fundo Monetário Internacional no resgate e na privatização e venda de um grande número de ativos.