Leis de Gossen - O que é, definição e conceito

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Anonim

As Leis de Gossen são três leis econômicas, elaboradas em 1854 pelo economista alemão Hermann Heinrich Gossen. Essas três leis baseiam-se no consumo dos cidadãos de uma economia, sendo considerada uma base fundamental das teorias marginalistas.

Numa época em que William Stanley Jevons desenvolvia a teoria marginalista, autores como Gossen, da mesma forma, falavam sobre o que, a posteriori, seria considerado parte das teorias elementares que essa teoria apresenta. Assim, as leis de Gossen são três leis, baseadas no consumo e na utilidade que os consumidores dão aos bens, baseadas na utilidade marginal e não, como defende a escola clássica, baseadas na teoria do valor-trabalho.

Uma vez que saibamos o que são as leis de Gossen, em que se basearam e o que significam para a história da economia, vamos dar uma olhada nas leis que esse autor cunhou no século XIX.

Leis de Gossen: 3 leis

Como dissemos no início, as leis de Gossen são 3.

Em resumo, as leis elaboradas pelo economista alemão são as seguintes:

  • 1ª lei de Gossen: Esta primeira lei elaborada por Gossen foi a de utilidade marginal decrescente. Ou seja, uma teoria que nos mostra como o valor de um bem, à medida que temos e consumimos mais unidades desse bem, o preço, assim como o valor dessas unidades, vai se reduzindo progressivamente.

Então, imagine quando estamos com sede e bebemos água. O primeiro copo de água que bebemos, por necessidade, tem maior utilidade e, portanto, maior valor. Mas com o tempo, à medida que bebemos mais copos de água, a utilidade diminui, assim como seu valor.

  • 2ª lei de Gossen: Esta segunda lei elaborada por Gossen foi a da igualdade das utilidades marginais ponderadas. Ou seja, não podemos satisfazer todas as necessidades até que estejamos satisfeitos, uma vez que essa satisfação é a consequência de as diferentes utilidades marginais obtidas dos diferentes bens serem iguais.

Assim, estamos falando de uma teoria que aborda a maximização de recursos, bem como a necessidade de gerenciar recursos limitados para satisfazer necessidades ilimitadas.

  • 3ª lei de Gossen: Esta terceira e última lei elaborada por Gossen foi a da escassez. Em outras palavras, devemos ter em mente que a escassez é uma pré-condição para o valor econômico. Pois, se não houvesse escassez, também não haveria valor.

E, como sabemos, a escassez determina o valor de um bem. Quanto mais unidades de um determinado bem, segundo Gossen, seu valor tende a zero.

Todas essas teorias constituem uma parte da base das teorias marginalistas.

Exemplos de leis de Gossen

Para entender corretamente as leis que Gossen descreve, e além dos exemplos citados, são descritos alguns exemplos que mostram o que, tecnicamente, essas leis procuram explicar.

Quanto à primeira lei, a da utilidade marginal decrescente, o que esta teoria tenta refletir é que não damos à primeira unidade a mesma utilidade que obtemos de um bem, como à sétima, por exemplo. Como o exemplo dos copos d'água, não daremos a mesma utilidade ao primeiro carro que comprarmos, como se comprássemos nosso sétimo carro. O sétimo carro, tendo em vista que temos mais 6 que já cobriram parte de nossas necessidades, apresentará uma utilidade menor e, portanto, seu valor, da mesma forma, também será menor.

Por outro lado, focado na segunda lei, a da igualdade das utilidades marginais ponderadas, o que Gossen tenta nos mostrar nessa teoria é que, na economia, as necessidades são ilimitadas, enquanto os recursos para satisfazê-las, como sabemos , eles são escassos. Portanto, devemos alocar recursos de forma que todas as necessidades sejam atendidas de forma semelhante, e não apenas uma indefinidamente. Bem, como também sabemos, não alcançamos a satisfação plena satisfazendo uma necessidade até que estejamos satisfeitos.

Por fim, a terceira lei, para melhor entendê-la, fala-nos da escassez e da relação que o valor dos bens tem com essa escassez. Bem, como argumenta Gossen, o valor de um certo bem é determinado pela escassez que existe. E, como sabemos, um veículo de luxo muito limitado não vale o mesmo que um veículo comercial fabricado em grande escala.