Contrato social - O que é, definição e conceito - 2021

O contrato social é uma teoria desenvolvida por Rousseau, que se refere ao compromisso adquirido por um cidadão com o Estado, quando se integra a uma sociedade que está sob a gestão deste. O compromisso, simbolicamente, Rousseau o representa com um contrato.

O contrato social, portanto, refere-se ao contrato simbólico que se estabelece entre o cidadão e o Estado. E é que, quando uma pessoa pertence a uma determinada sociedade, esta está comprometida com uma série de obrigações, que, da mesma forma, conferem alguns direitos. Essas obrigações e direitos que o cidadão adquire ao ingressar em uma sociedade é o que o filósofo chamou de contrato social.

Refira-se que este contrato é assinado pelo cidadão, implicitamente, no momento da adesão a uma empresa. Não existe contrato propriamente dito, mas, neste caso, é representado simbolicamente como uma espécie de contrato, visto que se trata de um acordo entre o cidadão e o Estado. Isso não significa que, ao nascer, seja necessário assinar um contrato para ingressar em uma determinada sociedade.

O contrato social É uma obra do filósofo Jean-Jacques Rousseau, cuja vida se desenvolveu ao longo do século XVIII. Mas a mesma questão foi tratada anteriormente pelos filósofos ingleses Thomas Hobbes e John Locke. O tema central desta questão é: Como o homem sai de um estado de natureza, onde a liberdade de que goza é máxima; formar uma sociedade dirigida e dirigida pelo Estado, onde a liberdade é restringida e a serviço do déspota de plantão?

Hobbes e o contrato social

Hobbes foi um filósofo cujo trabalho e pensamento se desenvolveram ao longo do século XVII. Ele foi o primeiro autor moderno a abordar a questão do contrato social. Ele também é considerado o teórico do absolutismo, ele defendeu a necessidade de entregar parte da liberdade a uma entidade superior que garantisse a segurança de seus cidadãos. Essa visão foi influenciada pelo período de guerra civil que ele teve que viver.

Para Hobbes, o homem é um ser mau, egoísta e independente. Mas é o medo que os leva a se unirem na sociedade. Dito isso, o estado de natureza é sinônimo de um estado de guerra, no qual a luta por interesses entre os indivíduos resulta em constantes tensões e conflitos. O homem, nesta situação, está consciente pela razão de que não pode sobreviver em um estado de guerra constante, mas deve estabelecer regras conjuntas.

Mas, como nada garante que essas leis sejam cumpridas, elas contemplam a necessidade de criar uma entidade maior, poderosa o suficiente para subjugar aqueles que violam a segurança acordada. O Estado é assim criado, os homens abrem mão de parte de sua vontade e soberania para que ela proteja o todo. Hobbes também estabelece, ao longo de sua obra, os limites que o Estado deve ter, bem como os direitos e deveres dos indivíduos.

Locke e o contrato social

Locke, filósofo inglês cuja obra desenvolveu ao longo do século XVII, também deu sua contribuição sobre o pacto social e a criação do Estado.

Para o autor, o homem, no estado de natureza revela sua verdadeira essência, que é liberdade, igualdade e racionalidade. Ao contrário do que Hobbes tinha, Locke afirma que no estado de natureza não havia guerra constante, mas que os homens cooperavam pacificamente. Isso ocorre porque a lei natural (reparação do dano) dissuade o homem do mal.

A razão pela qual o homem se tornou uma sociedade foi para defender o direito natural, para preservar a propriedade privada, fruto do trabalho e dos conflitos dele derivados. Mas, ao contrário de Hobbes, o Estado como garante da defesa do direito natural não tem poder absoluto, sua função deve ser exclusivamente a de defender os direitos e liberdades de cada indivíduo. Por isso, o autor desenvolve a ideia de divisão de poderes.

Rousseau e o contrato social

Rousseau, o pensador suíço que inspirou a Revolução Francesa, não apenas medita sobre o contrato social, mas também escreveu uma obra completa composta por quatro livros. Nele, ele dá sua visão de como o homem passou do estado de natureza, no qual gozava de liberdade, para ser subjugado por regimes tirânicos que oprimiam todos os tipos de direitos. Também estabelece como deve ser o Estado, bem como todas as questões fundamentais sobre direitos e obrigações.

Para o autor, o homem nunca viveu no estado de natureza, mas neste cenário hipotético pode-se extrair sua essência, sendo o homem um ser bom e feliz. É na sociedade que ele se torna um ser mau e miserável. Além disso, o homem natural é caracterizado por ser irracional, não social, livre e igual aos demais. A razão pela qual eles tiveram que se unir e criar parcerias era a escassez; causados ​​por desastres naturais e crescimento populacional.

Uma vez unidos na sociedade, são os homens ricos e privilegiados que legislam e atuam em prol de ampliar e perpetuar as diferenças materiais entre os seres humanos. Também estabelece que a soberania popular é o valor supremo e nada pode contradizê-la. Este cumprimento da vontade geral é a causa das tiranias exercidas pelas massas contra os indivíduos e as minorias.

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