A economia está pronta para o futuro que temos pela frente?

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A economia está pronta para o futuro que temos pela frente?
A economia está pronta para o futuro que temos pela frente?
Anonim

O avanço da ciência foi questionado pela impossibilidade de conter um vírus sem precedentes. Por esse motivo, muitas pessoas no mundo acadêmico começaram a repensar o quão eficiente - e eficaz - é o progresso feito até agora.

Nas últimas semanas, a crise que se abate sobre o planeta, dupla crise pela sua natureza e origem, trouxe à mesa muitos aspectos que, no quotidiano, não costumam ser temas de grande relevância. Nesse sentido, questões que suscitam questionamentos, dada uma pandemia que tem tirado a população mundial da zona de conforto em que nos encontramos, se as formas de agir, assim como tudo o que se tem feito até hoje, é o certo fazer. e o socialmente ideal.

A dicotomia ocorrida nos países após estarem imersos na pandemia, obrigou os respectivos líderes a tomar decisões drásticas em um período de tempo muito limitado, nunca antes em nossa sociedade. Uma situação que obrigou os países a escolherem entre a vida das pessoas ou a economia do país. Escolher, em grande parte, a vida das pessoas. Algo óbvio e esperado. No entanto, as dúvidas que iam surgindo e que precisavam de corrigir uma situação sem precedentes conhecidos, revelavam a fragilidade de um ser humano que, antes da pandemia, acreditava ter tudo controlado, mecanizado e automatizado.

No entanto, a pandemia, quando menos esperávamos, estava sacudindo o planeta. O caos estava tomando conta do planeta, da mesma forma que as tensões entre líderes que lutavam pelos escassos recursos de saúde que vinham da fábrica mundial: a China. O planeta controlado, mecanizado e automatizado que pensávamos ter, de repente se tornou um lugar hostil, arbitrário e desagradável. E é isso, talvez não seja que o planeta tenha mudado, mas que, como podemos ver, as formas que temos de fazer as coisas, bem como aquele controle hipotético que pensávamos ter, não eram mais tão eficazes contra um planeta que, sem acreditar nem querer, está em constante mudança.

Engenheiros, economistas, advogados; Harvard, Princeton, MIT. O mundo está integrado, da mesma forma que de grandes instituições, de grandes profissionais em todos os campos que a ciência abrange. O avanço disso, assim como do conhecimento, somado a uma nova era digital de rupturas desproporcionais, nos levou a perceber que tudo o que acontecia no planeta, por mais desastroso que fosse, tinha uma solução da mão do homem e da tecnologia. Y es que, con profesionales tan reputados, en un entorno en el que parecíamos haber alcanzado el clímax, siempre que recursos se refiera, ¿cómo íbamos a sufrir una crisis que, contando con todo lo mencionado, no pudiese ser solventada o paliada por el ser humano? Se pudemos desenvolver a internet e a inteligência artificial (IA), como não matar um vírus?

O grande avanço da ciência

Essa pandemia, devido à incapacidade do planeta, assim como de seus membros, de contê-la, tem nos levado a questionar as formas que tínhamos de fazer as coisas, de medir, de agir. O mundo finge ser um novo mundo quando tudo isso acontecer. É verdade que muitos incrédulos consideram isso nada mais do que um lapso, e pode ser assim. Mas muitos outros, da mesma forma, começaram a gerar hipóteses sobre como o planeta poderia evoluir após o desastre que começa a se dissipar, bem como se os modos de fazer as coisas no planeta, os modos que temos adotado até hoje Hoje, eles estão totalmente desenvolvidos como, a priori, fomos levados a crer.

Basta olhar para os próprios debates econômicos para perceber que, embora tenhamos a tecnologia mais vanguardista do globo, bem como os métodos quantitativos mais precisos; los economistas, por ejemplo, siguen basando sus argumentos en economistas de las escuelas clásicas, economistas de los siglos XVI, XVII y XVII, reviviendo las viejas teorías, así como los informes que, por ejemplo, se fueron publicando para solventar crisis como la de a segunda Guerra Mundial. Ou não apenas na economia. Pois bem, se falamos do setor médico, enquanto grandes invenções se desenvolveram na área médica, é realmente curioso que o recurso que era escasso, e de que a população precisava para conter efetivamente o vírus, fosse uma máscara sanitária feita. feito de algodão, e não um robô de grandes dimensões, tanto intelectuais como físicas.

Concordamos que o progresso foi notável e substancial, mas até que ponto esse progresso é eficaz e eficiente?

Até o século 20, quando surgiu o indicador do Produto Interno Bruto (PIB), a sociedade e os economistas não tinham a capacidade de medir como ocorria o crescimento econômico, além da energia consumida, bem como a necessidade de energia por habitante e a velhas teorias usadas durante as primeiras civilizações. Porém, em 1940, um economista americano, Simon Kuznets, criou um indicador que chamou de “produto interno bruto (PIB)” ou, como nós, falantes de espanhol, o conhecemos, “PIB” ou “PIB”.

Um indicador que nasceu com o intuito de tornar mais eficaz a medição de uma economia que, até ao século XX, se apresentava como um sistema de crescimento indefinido (salvaguardando outros sistemas de medição que não foram adotados como geralmente válidos), o que fez não tem uma grande capacidade de medição. Não, pelo menos, até que o produto interno bruto apareça. Indicador que, conforme definido por seu autor, “mede o valor dos bens finais produzidos em um país, e tem sido utilizado desde a década de 1930 como indicador de crescimento e bem-estar de um país”.

Assim, Kuznets incluiu o termo, junto com outros conceitos econômicos, na criação de um sistema de contas nacionais para a América do Norte. Um sistema que, posteriormente, acabou sendo extrapolado para os demais países, adaptando-se a cada um deles. Mas já desde o surgimento do conceito, o próprio autor foi muito crítico quanto ao uso desse valor. Ele estava especialmente preocupado com o uso do PIB per capita para "deduzir o bem-estar de uma nação".

Na verdade, foi o próprio Simon Kuznets que, diante da impassibilidade dos políticos norte-americanos em adotar novos indicadores do bem-estar de um Estado, anos depois, insistiu em uma publicação da revista The New Republic para que a formulação da contabilidade nacional fosse reformulada. Assim, para o autor, “devem ser levadas em conta as diferenças entre a quantidade e a qualidade do crescimento, entre seus custos e sua lucratividade, e entre o curto e o longo prazo”.

Portanto, tendo já levantado preocupações no próprio Kuznets, o PIB foi apresentado como uma ferramenta calibrada preparada para medição; mas que, como concluem inúmeros autores e economistas, carecia de componentes que permitissem medir de forma mais objetiva o crescimento econômico, bem como tudo o que se produziu no planeta. Algo com o qual o próprio Kuznets também concordou. E, apesar de ter um indicador válido, ele se adaptou ao futuro da economia? Foi, porque era novo, o definitivo?

Crescimento real ou crescimento contábil?

Para Simon Kuznets, a criação de um indicador como o PIB representou um grande avanço para a medição quantitativa da economia. No entanto, em seu tinteiro o desejo de ter aplicado novos sistemas para medir, desta vez qualitativamente, o quanto uma economia está crescendo. No entanto, a sociedade política afluente, ávida por gastar enormes quantias de dinheiro em grandes foguetes para enviar ao espaço sideral, bem como em carros que poderiam ser dirigidos de forma autônoma, validou permanentemente o sistema como uma ferramenta de medição em todos os países. .

E é isso que quero dizer quando falo sobre a eficiência do avanço científico na sociedade. Concordamos que sim, mas não podemos quantificar o custo de oportunidade que tal pesquisa teria, ao contrário de cenários contrafactuais, nos quais os mesmos recursos, ao invés de terem sido alocados para tal concessionária, teriam sido alocados para outra. E não estou falando de substituir a pesquisa por outra série de atividades com outro valor agregado, mas da escolha, da dicotomia existente que ocorre quando é necessário decidir sobre qual pesquisa dedicar mais capital e recursos. Bem, dentro da pesquisa e como sabemos, existe uma ampla gama de ciências e campos de estudo muito amplos.

Nesse sentido, quero levantar a hipótese que quis recolher nesta análise, fazendo uma breve reflexão. Depois da pandemia que agora está se dissipando, os principais organismos internacionais, entre os quais se destaca o Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgam projeções de crescimento que mostram como a economia, neste momento e por conta da pandemia, não só não avançou nada, mas diminuiu com base nos anos anteriores que são tomados como base. Bem, supondo que a hipótese quantitativa seja real, a afirmação de que a economia mundial, depois da pandemia que nos abalou, realmente não cresceu? É verdade que, com tudo o que aconteceu, a economia não sai mais fortalecida e preparada para cenários futuros em que já temos os precedentes?

Esta é a pergunta que muitos membros do mundo acadêmico estão se fazendo agora. O próprio Kuznets também se perguntou quem, ele mesmo, se considerava incapaz de fazer uma medição com base na hipótese levantada. Reconhecendo, desta forma, a carência de componentes que, com grandes economistas nas melhores universidades do mundo, ainda não foram integrados na formulação do referido indicador.

Agora, vamos fazer a pergunta da seguinte forma: uma economia está crescendo mais - e não estou procurando a resposta técnica - quando fabrica mais 5.000 carros, ou 6.000 novas casas, do que, em contraste, quando aprende a curar e vida correta de milhares de cidadãos do planeta que estão sendo afetados por uma pandemia?

Quando fazemos a pergunta dessa forma, tecnicamente deveríamos dizer sim, pois de fato há uma produção maior, que é computada no PIB e registra-se o crescimento. No entanto, deixando de lado os aspectos técnicos e dando atenção ao pensamento crítico e ao pensamento individual, responder a essa pergunta não é tão simples quanto podemos imaginar. Portanto, a dicotomia que proponho é a seguinte: É melhor um crescimento contábil? Ou, ao contrário, o crescimento real seria mais lucrativo?