A teoria da empresa é o conjunto de regras, princípios e leis que explicam a natureza das organizações empresariais em termos de sua existência como tal.
A teoria da empresa busca dar respostas a um conjunto de questões que envolvem as organizações empresariais. Ela tenta entender por que as empresas nascem ou surgem, como se desenvolvem ao longo do tempo, como coordenam os fatores produtivos, buscam conhecer sua periferia ou fronteira em termos de tamanho e crescimento, etc.
O corpo teórico desta teoria é composto por uma série de propostas teóricas explicativas dos tópicos indicados acima.
Teorias da empresa
Todas as teorias sobre a empresa construídas até agora são contribuições extraordinárias sobre sua importância, sua existência, seus limites e suas características. Diferentes autores sistematizaram todo um corpo teórico sobre a empresa, aprofundando os estudos sobre vários elementos dela. As principais teorias que surgiram são as seguintes:
- Teoria neoclássica: A teoria neoclássica destaca a importância do mercado e limita o papel da empresa à manipulação de fatores produtivos. Ou seja, as empresas devem focar profundamente seu objetivo em maximizar o uso dos fatores produtivos (terra, capital, trabalho e tecnologia), minimizando a custos de produção. A principal crítica feita à teoria neoclássica baseia-se no fato de que ela se expõe sobre o funcionamento desta, mas não considera aspectos relacionados à estrutura da empresa. Da mesma forma, a perspectiva neoclássica entende que o mercado funciona automaticamente. No entanto, este não é o caso, como Coase aponta com o conceito de custos de transação que explicaremos a seguir.
- Teoria dos custos de transação: É uma resposta à teoria neoclássica. Segundo essa teoria, as empresas se estruturam e agem como tal quando os custos de coordenação não excedem os custos de transação. Ou seja, quando os custos incorridos pela empresa são menores do que usando o mecanismo de mercado. Visto de outra forma, é mais eficiente que haja uma empresa que fabrica garrafas de refrigerante do que o próprio consumidor ter que fazer ele mesmo sempre que quiser.
Para Coase, o principal crítico da teoria neoclássica, as empresas nascem como uma alternativa ao mercado. Desta forma, reduzem-se os custos de transação, que são aqueles necessários para realizar uma operação no mercado. Um exemplo são os custos de contratação que correspondem à negociação, elaboração e verificação do cumprimento dos contratos.
Coase também alerta que as empresas surgem da necessidade de estabelecer acordos de longo prazo, por exemplo, entre trabalhadores e empregadores. Dessa forma, não será necessário realizar contratações no dia a dia para realizar o processo produtivo, por exemplo. Visto de outra forma, para Coase uma empresa surge devido à existência de incertezas e em um contexto em que os contratos de curto prazo não são ótimos.
Nova abordagem para a teoria da empresa
Deve-se notar que há cada vez mais debate sobre os objetivos que as organizações devem ter além da geração de lucros. Assim, é possível distinguir entre objetivos de curto prazo, basicamente obtenção de lucros, e objetivos de longo prazo, como sustentabilidade e sustentabilidade. responsabilidade social corporativa.
Fazendo uma análise objetiva, se uma empresa focar apenas na maximização dos lucros, sem considerar questões como o meio ambiente, ela incorre em risco. Isso, porque sua reputação pode ser prejudicada perante o público, pelo menos, entre os usuários que buscam consumir com responsabilidade.