Crédito na zona euro

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Crédito na zona euro
Crédito na zona euro
Anonim

As contrapartes do agregados monetários eles são freqüentemente usados ​​para analisar o funcionamento de uma economia. Por meio do balanço consolidado das Instituições Financeiras Monetárias, esses itens podem ser calculados, o que pode nos fornecer informações muito valiosas para fazer previsões econômicas.

Por que eu iria querer saber o valor dessas contrapartes?

A resposta é muito simples, fornecem-nos muitas informações sobre como o dinheiro flui para os agentes económicos, a situação de um país ou a evolução do crédito às famílias e empresas.

Este último conceito foi um dos mais afetados após o início da crise. O BCE disponibilizou enormes quantias de dinheiro através de injecções de liquidez na economia, que não foram repassadas aos cidadãos ou às empresas.

Por que essa liquidez não atingiu empresas ou famílias?

Durante esses anos de crise, o contínuo Operações de Financiamento de Longo Prazo (TLTRO) eram usados ​​pelos bancos para investir e usar fundos para comprar títulos soberanos de alto rendimento e esse financiamento não chegava às empresas, a economia real. Na verdade, os tesouros dos bancos ganharam muito dinheiro com isso.

Como forma de atenuar esta situação, o BCE já vinculou estas Operações de Financiamento à concessão de crédito desde julho de 2014, embora como pudemos constatar não tenham tido um rácio de cobertura adequado, ou seja, têm tido um rácio de cobertura muito baixa procura relativamente aos 400.000 milhões de euros que colocaram à disposição dos bancos (praticamente metade).

O financiamento da zona do euro está muito mais vinculado ao financiamento bancário do que aos Estados Unidos, onde a maioria das empresas opta por emitir dívida nos mercados em vez de ir aos bancos. Por esta razão, a flexibilização quantitativa ao estilo americano (QE) pode não ser a melhor opção para a Europa, uma vez que inunda os mercados de liquidez, mas não necessariamente estimula os bancos a conceder crédito, mais especificamente na Espanha. Embora seja verdade que haverá um achatamento da curva de taxas de juros (Flatenning) por parte dos governos e, com sorte, das empresas. Dessa forma, eles poderão financiar mais barato.

Queríamos incluir na nossa análise o comportamento destes dois indicadores (M3 e Crédito). Como pode ser visto no gráfico, o crédito desde o crash do Lehman Brothers caiu tremendamente e as tentativas do BCE de conter a queda pelo menos estabilizaram a situação.

Analisando o que aconteceu com o agregado M3, devemos destacar dois momentos-chave neste horizonte de tempo.

  1. O crescimento do M3 nos períodos de 2001 a 2007, devido à procura de segurança e liquidez. Com as crises de tecnologia, havia um grande sentimento de insegurança nas bolsas de valores, portanto, havia uma movimentação de capitais em direção a ativos seguros e de curto prazo.
  2. Em relação ao período de variação negativa após 2007, destaca-se a crise econômica. Devido à curva de rendimentos bastante acentuada da época (grande diferença entre rentabilidade no curto e longo prazo), buscou-se buscar posições em ativos de longo prazo, esquecendo-se dos valores portos-seguros de curto prazo dos mercados monetários e daí aquela queda acentuada.