Em que país é mais fácil abrir um negócio?

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Em que país é mais fácil abrir um negócio?
Em que país é mais fácil abrir um negócio?
Anonim

Criar uma empresa é um processo que muitos habitantes do planeta devem enfrentar. No entanto, dependendo do país a que nos referimos, este processo pode ser mais ou menos longo e caro. Para descobrir isso, desenvolvemos em Economy-Wiki.com um ranking no qual estudamos em quais países é mais fácil criar uma empresa.

Dentre os debates mais notórios do mundo econômico, vale destacar o debate que enfrenta os economistas mais partidários da economia de mercado, e outros economistas que demonstram menos confiança na “mão invisível” de Adam Smith e, portanto, eles propor um modelo de economia planejada. Um debate muito difundido em todo o planeta, que, até o momento, não encontrou uma conclusão válida.

E é que, da mesma forma que ao longo da história foram demonstrados os benefícios da economia de mercado, do mercado livre e os benefícios de permitir a interação entre oferta e demanda para a livre formação de preços, entre outras coisas, as teorias de Keynes são também conhecido, assim como outros economistas que demonstraram como o intervencionismo, ou o que nós economistas conhecemos como economia planejada ou mista, pode ser muito benéfico na correção dos desequilíbrios causados ​​por esse mercado livre, onde a regulação proposta por seus defensores é mínima.

Assim, afirma-se que a intervenção do Estado é necessária para corrigir o que chamamos de “falhas de mercado”, motivadas por esta desregulamentação e falta de intervenção do Estado. Porém, com o passar do tempo, muitos economistas investigaram outro termo, que denominaram "falha do Estado", e que define como o Estado, assim como o mercado livre, também gera disfunções que podem prejudicar o cenário econômico. Pois bem, embora o fim seja o mesmo, um bem-estar maior, os meios que valorizam para atingir esse fim são muito diferentes.

Por esse motivo, encontramos regulamentações muito diferentes em todos os países. Da mesma forma, é importante destacar as mudanças que ocorrem nas políticas após uma mudança de governo. Tudo isso é motivado por debates como o atual, em que alguns governos se posicionam mais a favor da liberalização, enquanto outros tentam aumentar seu peso em termos de capacidade de intervenção na economia. Cargos que, de certa forma, são os que geram, entre outras coisas, que em alguns países leva 13 dias para criar uma empresa, enquanto em outros leva 1 dia. Ou que num país custa criar uma empresa 3.000 euros e, noutro, 1 euro.

Este tipo de regulamentação, de certa forma, é motivado pela posição do Governo a este respeito. Um conjunto de regulamentos, entre os quais destacamos aquela capacidade de fazer negócios que mencionamos no final do parágrafo anterior, tão decisiva para o crescimento económico de um país.

Vamos ver!

Negócios: o motor de toda economia

“A empresa é um agente econômico que se constitui em um dos pilares fundamentais da atividade econômica.”

Como definimos em Economy-Wiki.com, agente económico é qualquer pessoa singular ou colectiva que participe de alguma forma ou em alguma parte do processo de uma actividade económica. Em outras palavras, uma economia é composta por agentes econômicos que realizam uma atividade econômica.

Dentre esses agentes econômicos, é necessário destacar o papel da empresa dentro deles. A empresa, nesse sentido, é um agente econômico que se constitui em um dos pilares fundamentais da atividade econômica. E, embora existam sempre excepções, em geral a empresa desempenha habitualmente um conjunto de funções que são decisivas para o bom funcionamento de uma economia, bem como para o desenvolvimento das diferentes sociedades que habitam o nosso planeta.

Destacando dentre essas funções cruciais, vale destacar o papel da empresa em termos de coordenação, direção e controle do processo produtivo. Em outras palavras, o empresário é aquele que, por meio da alocação dos fatores produtivos, produz os bens e serviços que, posteriormente, irão satisfazer as necessidades dessas sociedades. Como vemos, uma função essencial, uma vez que o abastecimento de uma economia depende, em grande medida, dela.

Da mesma forma, esses bens produzidos pelas empresas, da mesma forma, são modificados por outros que fazem com que esses bens apresentem usos alternativos, ao mesmo tempo que geram valor ao modificá-los. Em outras palavras, as empresas criam ou aumentam a utilidade dos bens. Pois bem, como sabemos, essas empresas transformam matérias-primas em produtos, aumentando sua capacidade de satisfazer as necessidades humanas. Em suma, as empresas buscam a todo momento se adaptar às necessidades do mercado, agregando valor na medida em que ele exige.

Entre outras funções, vale destacar também outra muito decisiva para uma economia, pois sem ela pouco poderia se desenvolver. Assim, esta função de que estamos a falar é a de criar emprego, ao mesmo tempo que proporciona um salário aos habitantes de um território. Como sabemos, entre as principais funções de uma empresa está o facto de serem estas que criam emprego e, portanto, geram riqueza. Nesse sentido, um emprego que se constitui como parte fundamental da renda e da riqueza das famílias; podendo dizer que esta empresa também depende, em grande medida, da demanda de uma economia.

E isso, levando em consideração, em último lugar, que são eles que assumem o risco, já que são obrigados a pagar antecipadamente aos fatores de produção sem saber os resultados. Por isso, também, entre os fatores de produção existentes, essa capacidade empreendedora é levada em consideração, pois sem o papel daquele empresário que assume o risco e coordena tudo para que a empresa funcione, a empresa não seria tão determinante como expomos. aqui.

Criação de empresas: uma necessidade

“Enquanto temos economias que permitem a criação de empresas em 3 dias, temos outras economias que estabelecem um prazo de 15 dias”.

Dada a importância das empresas para uma economia, o papel do Estado é, entre outros, gerar um quadro favorável para que essas empresas possam operar em harmonia, e sem gerar desequilíbrios e disfunções que resultem em menor bem-estar. E isso, ao mesmo tempo em que promove a criação de negócios. Um quadro que, como dissemos no início e devido a essa posição assumida pelo Governo, varia muito consoante o país a que nos referimos.

Nesse sentido, e há anos, nós, economistas, alertamos sobre a necessidade de promover um arcabouço mais favorável, integrando a digitalização das instituições, ao mesmo tempo em que desburocratizamos, caminhamos para um modelo de gestão mais facilitador para esses Negócios. Porém, enquanto temos economias que permitem a criação de empresas em 3 dias, temos outras economias que, mesmo dentro de um mesmo bloco econômico como a União Europeia, estabelecem um prazo de 15 dias. Divergência que se observa, da mesma forma, nos custos de incorporação.

Observando um exemplo, o da União Européia, pudemos observar como países como Dinamarca ou França apresentam, entre seus requisitos para a constituição de uma empresa, um período de constituição que dura entre 3 e 3,5 dias, respectivamente. Enquanto isso, em outras economias, como a Espanha, esse processo de constituição dura 13 dias. Por outro lado, em termos de custo, países como o Reino Unido não cobram nada para criar uma empresa, enquanto o anterior, a França, cobra 1 euro. No entanto, voltando ao exemplo da Espanha, a economia peninsular estabelece a exigência de contribuir com 3.000 euros para a sua constituição.

Levando em consideração esta missão dos governos de aumentar o número de empresas operadoras no país, bem como ampliar as existentes, restam poucos motivos para economias como a espanhola, e tantas outras, com modelos como a francesa ou os dinamarqueses, continuam estabelecendo requisitos tão exigentes. Alguns requisitos que, no entanto, foram reduzidos globalmente ao longo do tempo, conforme mostrado no gráfico a seguir.

Em suma, demandas que, embora sejam menores que nos anos anteriores, devem continuar a ser reduzidas progressivamente em todas as economias. Pois bem, como podemos concluir nesta seção, são os países que mais se comprometem com a criação de empresas e de seu tecido produtivo, que também apresentam maior desenvolvimento e maior crescimento econômico.

Em que país é mais fácil abrir uma empresa?: O relatório Doing Business

“Estamos falando do relatório mais confiável quando se trata de informações relacionadas à facilidade de se fazer negócios em um determinado território”.

Para extrair estes dados que disponibilizamos no ponto anterior, e que nos mostram estas divergências nas regulamentações dos diferentes países, utilizamos um dos relatórios mais fiáveis ​​no que diz respeito à informação relacionada com a facilidade de fazer negócios num determinado território : o relatório “Doing Business”.

Este relatório, elaborado pelo Banco Mundial, analisa as regulamentações que afetam 12 áreas do ciclo de vida de uma empresa. Áreas entre as quais se destacam a abertura de uma empresa, a gestão de licenças de construção, obtenção de eletricidade, registo de propriedade, obtenção de crédito, proteção de investidores minoritários, pagamento de impostos, comércio transfronteiriço, cumprimento de contratos e resolução de insolvências.

Da mesma forma, o relatório também mede a regulação do mercado de trabalho e os contratos com o governo.

Em relação aos últimos dados coletados neste estudo, selecionamos aqueles que se referem às 37 economias da OCDE, bem como a outros países de grande relevância para a organização e com os quais possui acordos; como é o caso da China.

Assim, os dias que essas economias estabelecem para abrir um negócio são os seguintes:

PaísTempo necessário para iniciar um negócio (dias)
Nova Zelândia1
Austrália2
Canadá2
Pimenta4
Dinamarca4
Estados Unidos4
Estônia4
França4
Grécia4
Holanda4
Noruega4
Bélgica5
Reino Unido5
Letônia6
Lituânia6
Hungria7
Portugal7
Peru7
Alemanha8
Republica Da Coreia8
Eslovênia8
México8
Suécia8
Marrocos9
Tunísia9
China9
suíço10
Colômbia10
Irlanda11
Israel11
Itália11
Japão11
Islândia12
Argentina12
Espanha13
Finlândia13
Egito13
Jordânia13
Indonésia13
Luxemburgo17
Brasil17
Índia18
Romênia20
Áustria21
República Eslovaca22
Republica Checa25
Peru26
Polônia37
África do Sul40

Como podemos ver, essas divergências são tantas que temos economias como a Nova Zelândia, onde levará 1 dia para montar nossa empresa e poder operar normalmente. Enquanto, por outro lado, temos economias como a Polônia ou a África do Sul, onde o processo pode levar até 37 e 40 dias, respectivamente.

Da mesma forma, o relatório Doing Business também nos fornece informações sobre o custo de registro de uma empresa em cada uma dessas economias. Um custo em que também se observam divergências, sendo o melhor exemplo o apresentado na secção anterior. Um exemplo em que se observa como, enquanto temos economias como o Reino Unido, onde o registo de uma empresa nos custa 1 euro, noutras como a Espanha este registo exige a contribuição de 3.000 euros.

Assim, a seguinte tabela apresenta este custo, que é normalizado e apresentado como uma percentagem do rendimento nacional bruto (RNB) per capita do referido território:

PaísCusto dos procedimentos para estabelecer uma empresa (% do RNB per capita)
Reino Unido0%
Eslovênia0%
Irlanda0,10%
Nova Zelândia0,20%
Dinamarca0,20%
África do Sul0,20%
Canadá0,30%
Romênia0,30%
Lituânia0,50%
Suécia0,50%
Austrália0,70%
França0,70%
Finlândia0,70%
Noruega0,80%
Estados Unidos1%
Estônia1%
República Eslovaca1%
China1,10%
Republica Checa1,10%
Grécia1,50%
Letônia1,50%
Luxemburgo1,60%
Portugal1,90%
Islândia1,90%
suíço2,30%
Pimenta2,70%
Israel2,70%
Tunísia2,90%
Marrocos3,60%
Espanha3,90%
Holanda4%
Brasil4,20%
Hungria4,50%
Áustria4,70%
Argentina5%
Bélgica5,30%
Indonésia5,70%
Peru6%
Alemanha6,50%
Índia7,20%
Japão7,50%
Peru9,40%
Polônia11,60%
Itália13,80%
Colômbia14,10%
Republica Da Coreia14,60%
México15,20%
Egito20,30%
Jordânia23,30%

Esta tabela que mostramos coleta o custo ou requisito de capital necessário para registrar uma empresa como uma porcentagem da renda nacional bruta (RNB) per capita em cada território. Como podemos ver, e como na tabela anterior, ainda temos muitas economias que, conforme refletido por sua posição em ambas as tabelas, continuam a apresentar muitos obstáculos que impedem a criação de novos negócios. Um exemplo disso poderia ser a África do Sul ou o Egito. Países que, observando a análise realizada por Doing Business e levando em consideração tudo o que foi mencionado nas duas primeiras seções, apresentam um posicionamento que os leva a aplicar mais restrições e, portanto, gerar menos empresas.

Em suma, observa-se que, apesar da existência de modelos de governo mais eficientes e eficazes em termos de aplicação de políticas relacionadas à criação de empresas, muitos países continuam atrasados ​​neste quesito. Essas divergências que vimos apontando nesta última seção são um exemplo de como, apesar do multilateralismo e da globalização que viveu o planeta, ainda há muito por fazer. Bem, como disse um dia o escritor Robert Townsend: "Grandes multinacionais são pequenas empresas que tiveram sucesso."

Assim sendo, apostamos na sua criação!